Anel do Pescador" deverá ser destruído dia 28
O anel do papa destrói-se quando o pontífice morre, mas nesta ocasião, referiu Lombardi, a situação é diferente e "inédita", uma vez que o papa continua vivo, estando já especialistas a estudar a norma.
No entanto, Lombardi disse que os objetos relacionados diretamente com o Ministério de Pedro "têm de ser destruídos".
Até agora, depois da morte de um papa, o cardeal camerlengo, que gere a igreja no período de sucessão entre papas, está encarregado de verificar a morte e retirar do dedo do cadáver o "Anel do Pescador", símbolo do poder pontifício.
O anel é imediatamente desfeito para evitar qualquer possível falsificação de documentos do pontificado.
Um dia depois de Bento XVI ter anunciado que renuncia ao Ministério de Pedro, o porta-voz Lombardi disse que o papa "vai continuar a sê-lo até 28 de fevereiro", pelo que se mantém a sua agenda até esse dia.
A agenda papal inclui uma audiência com o presidente da Guatemala, no sábado, e outra posterior com o presidente da Roménia, estando ainda previstas duas aparições públicas, uma na quarta-feira e outra a 27 de fevereiro.
Lombardi esclareceu que, nesse dia, Bento XVI vai aparecer na praça de São Pedro para que os fiéis que queiram possam vê-lo e despedir-se de Ratzinger enquanto papa, uma vez que será o seu último encontro público.
O papa Bento XVI, 85 anos, anunciou na segunda-feira, durante um consistório no Vaticano, a sua resignação a partir dia 28 de fevereiro devido "à idade avançada".
Um novo papa será escolhido até à Páscoa, a 31 de março, disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, anunciando que um conclave deve ser organizado entre 15 e 20 dias após a resignação do pontífice.
O último chefe da Igreja Católica a renunciar foi Gregório XII, no século XV (1406-1415).